Se lá participou é porque lhe reconheceram valor intelectual, referência social e cidadão de princípios e de valores humanistas. As suas intervenções têm sido claras quanto ao país que somos e o país que deveríamos ser. É por isso que, embora respeitando outras leituras, custa-me aceitar este faz-que-anda-mas-não-anda com claros benefícios para outros candidatos da direita política. A esquerda, particularmente o PS, parece-me que não aprendeu nada com o passado recente e com os dez anos de Cavaco Silva. Parece querer entregar, novamente, consequência das divergências de opinião interna, a Presidência da República a alguém que, tal como Cavaco, não passou de um mito construído. Tenho pena que andem a perder tempo. Belém, em Belém, é um erro. Eu voto Sampaio da Nóvoa, até porque ele não é um produto das máquinas partidárias.
André Escórcio, militante do Partido Socialista.