terça-feira, 12 de janeiro de 2016

COMUNICAÇÃO DA MANDATÁRIA NA MADEIRA DO PROFESSOR ANTÓNIO SAMPAIO DA NÓVOA

VIOLANTE SARAMAGO MATOS
 Caros amigos
 Antes de mais, impõe-se dizer que estar aqui hoje é, mais que um orgulho, uma enorme responsabilidade. É que os mandatários são escolha pessoal do Presidente e é em nós que pessoal e politicamente confia, para o representarmos. Cabe-nos fazer tudo o que de melhor soubermos.
Eu quero um Presidente com maiúscula, um Presidente que seja um homem de cultura e que saiba ser um homem de Estado. Que revele inteligência, serenidade, firmeza, responsabilidade e lucidez. Que tenha projecto e visão de futuro para Portugal.
Um Presidente que nos respeite. Que compreenda e defenda o valor do trabalho, da investigação e do saber como alavancas fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento.
Um Presidente que nos devolva confiança, com objectivos nacionais mobilizadores e que se norteie pela Constituição da República.
Um Presidente que enfrente a questão da Europa e da política na Europa com uma dimensão que verdadeiramente defenda os povos europeus.
Um Presidente para quem a independência nacional e a soberania não tenham dimensão menor.
 E foi justamente tudo isto o que encontrei de forma inequívoca em Sampaio da Nóvoa, desde que se apresentou com a sua Carta de Princípios, em 29 de Abril.
Sampaio da Nóvoa é quem eu quero para Presidente da República. Não só por ser um independente – condição particularmente relevante nestes tempos complexos em que se vive, mas também porque é uma personalidade da cultura, um académico notável, porque ele me dá a esperança e a confiança num outro país, digno e respeitado.
Um homem que não hesita em afirmar que os seus pilares são o conhecimento, a inovação, a cidadania e as causas sociais, em particular as que dizem respeito à democracia, à liberdade e à dignidade humanas, aos jovens e ao desemprego, aos velhos e à miséria. Que se compromete em transformar Belém numa Mesa de diálogo, numa proximidade que tem vindo já a marcar esta campanha e que será a sua forma de agir como Presidente da República, num mandato de tipo novo para estes tempos novos. A assunção da paridade na escolha dos mandatários é, deste tempo novo, expressão evidente.
Conheço Sampaio da Nóvoa há já algum tempo e devo dizer que, ainda antes desta caminhada, me tinha deixado bastante impressionada.
Muito poderia dizer mas deixo, em dois registos apenas, as suas palavras.
No dia 10 de Junho de 2012, enquanto presidente das comemorações do dia de Portugal, disse num extraordinário discurso de um homem de Estado, o discurso de um qualificado Presidente da República - «Não conseguiremos ser alguém na Europa e no mundo, se formos ninguém em nós».
 À sua Carta de Princípios fui buscar outro juízo essencial e mobilizador - «A política não serve para justificar inevitabilidades, para se conformar com a fatalidade, serve para abrir caminhos. Foi sempre em momentos difíceis, como aquele que hoje vivemos, que os portugueses descobriram energias novas e se reencontraram com o melhor da sua História.
Esta é, tem que ser, novamente, a nossa hora, a hora de todas as mulheres e homens deste país, a hora de Portugal. Abriu-se o tempo da esperança.»
 Concluo, dizendo que é Isto o que Sampaio da Nóvoa nos propõe. É Isto o que nos pede. É por Isto que aqui estamos.
FUNCHAL, 11 DE JANEIRO 2016
VIOLANTE SARAMAGO MATOS