sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

BOA NOVA

HELDER SPÍNOLA
PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DA MADEIRA

Andamos há muitos anos mergulhados num pântano de decrepitude e decadência em que as piores facetas da nossa sociedade tendem a emergir. É o ciclo vicioso da desgraça que atrai mais desgraça e da mediocridade que atrai mais mediocridade. À medida que a sociedade decai tende a aceitar mais facilmente, sem espírito crítico, essa mesma depreciação, tornando-se cada vez mais amorfa, desfalecida e corriqueira. Quando assim é, como tem sido, é-nos exigido a todos, coletivamente, e a cada um de nós, individualmente, um esforço redobrado para remar contra a torrente turva que procura embrulhar-nos na descida para o fundo do poço.
É neste contexto que deixo aqui uma boa nova, uma mensagem de esperança. Apesar de ser muito mais difícil erguer-se quando o fluxo descendente está instalado, na verdade é perfeitamente possível conquistar o brio que todos nós gostaríamos de ver resplandecer na nossa sociedade. Para isso basta que assumamos a responsabilidades de sermos exigentes e críticos na definição das nossas escolhas, a começar pelo exercício pleno da nossa participação democrática. Nesse sentido, quando nos é devolvida às mãos a escolha para os mais altos cargos da Nação, como acontece agora para a Presidência da República, não podemos deixar tudo na mesma. Conscientes da necessidade de começar por desempoeirar e refrescar as cúpulas, como primeiro passo para arejar todo o edifício que enforma a nossa sociedade, devemos refletir sobre quem melhor representa e corporiza esse caminho. Quem ao longo da sua vida deu um exemplo de elevada competência, pensamento claro e lucidez? Quem melhor garante a necessária equidistância relativamente a determinados poderes políticos e económicos que ao longo dos anos foram hipotecando o país apenas para benefício de alguns? Quem revela a necessária contenção verbal e ponderação exigida pelo cargo? Quem melhor garante o cumprimento da Constituição da República Portuguesa?
Esta e outras questões poderão ajudar na escolha que devemos consumar no dia das eleições, sendo que as mesmas perguntas poderão resultar em diferentes respostas consoante o entendimento de cada eleitor. Para mim a resposta a estas questões é cada vez mais clara, a resposta é António Sampaio da Nóvoa e representa uma boa nova, um horizonte de esperança. António Sampaio da Nóvoa garante-me que a República Portuguesa terá uma Presidência visível, ativa, presente, lúcida, responsável, próxima, atenta e capaz. António Sampaio da Nóvoa significa um novo ciclo para Portugal, uma nova postura no exercício do cargo, um novo norte para a sociedade portuguesa. 
Artigo de Opinião /Diário de Notícias /15 Janeiro 2016