HELDER SPÍNOLA
PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DA MADEIRA
PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DA MADEIRA
Andamos
há muitos anos mergulhados num pântano de decrepitude e decadência em que as
piores facetas da nossa sociedade tendem a emergir. É o ciclo vicioso da
desgraça que atrai mais desgraça e da mediocridade que atrai mais mediocridade.
À medida que a sociedade decai tende a aceitar mais facilmente, sem espírito
crítico, essa mesma depreciação, tornando-se cada vez mais amorfa, desfalecida
e corriqueira. Quando assim é, como tem sido, é-nos exigido a todos,
coletivamente, e a cada um de nós, individualmente, um esforço redobrado para
remar contra a torrente turva que procura embrulhar-nos na descida para o fundo
do poço.
É
neste contexto que deixo aqui uma boa nova, uma mensagem de esperança. Apesar
de ser muito mais difícil erguer-se quando o fluxo descendente está instalado,
na verdade é perfeitamente possível conquistar o brio que todos nós gostaríamos
de ver resplandecer na nossa sociedade. Para isso basta que assumamos a
responsabilidades de sermos exigentes e críticos na definição das nossas
escolhas, a começar pelo exercício pleno da nossa participação democrática.
Nesse sentido, quando nos é devolvida às mãos a escolha para os mais altos
cargos da Nação, como acontece agora para a Presidência da República, não
podemos deixar tudo na mesma. Conscientes da necessidade de começar por
desempoeirar e refrescar as cúpulas, como primeiro passo para arejar todo o
edifício que enforma a nossa sociedade, devemos refletir sobre quem melhor representa
e corporiza esse caminho. Quem ao longo da sua vida deu um exemplo de elevada
competência, pensamento claro e lucidez? Quem melhor garante a necessária
equidistância relativamente a determinados poderes políticos e económicos que
ao longo dos anos foram hipotecando o país apenas para benefício de alguns?
Quem revela a necessária contenção verbal e ponderação exigida pelo cargo? Quem
melhor garante o cumprimento da Constituição da República Portuguesa?
Esta
e outras questões poderão ajudar na escolha que devemos consumar no dia das
eleições, sendo que as mesmas perguntas poderão resultar em diferentes
respostas consoante o entendimento de cada eleitor. Para mim a resposta a estas
questões é cada vez mais clara, a resposta é António Sampaio da Nóvoa e representa
uma boa nova, um horizonte de esperança. António Sampaio da Nóvoa garante-me
que a República Portuguesa terá uma Presidência visível, ativa, presente,
lúcida, responsável, próxima, atenta e capaz. António Sampaio da Nóvoa
significa um novo ciclo para Portugal, uma nova postura no exercício do cargo,
um novo norte para a sociedade portuguesa.
Artigo de Opinião /Diário
de Notícias /15 Janeiro 2016