Amigos,
muitos, me aconselharam a não me intrometer nas próximas eleições, nas
presidenciais nomeadamente.
Considerando,
porém, a minha idade, o estado do País e as minhas responsabilidades perante ele, entendi que deveria intervir.
Decidi
fazê-lo apoiando a candidatura de António Sampaio
da Nóvoa à Presidência da República.
E
decidi apoiar Sampaio da Nóvoa porque dotado é, ele, de: uma superior inteligência, boas qualidades de temperamento (entre
elas, a da coragem intelectual e a da capacidade de decisão) um carácter forte e bom.
Decidi
apoiar Sampaio da Nóvoa porque dotado é, ele, também, de uma cosmopolita e
diversificada preparação académica, que bem lhe permite avaliar o mundo difícil
em que vivemos, bem conhecer o País que fomos, o País que somos e o País que
realisticamente podemos ser.
Apoio,
também, Sampaio da Nóvoa porque: mostrou saber, bem, liderar o governo de organizações
complexas - como foi o caso da Universidade de Lisboa
Mostrou,
na liderança desse governo, entender que exercer o poder é bem gerir o presente
das instituições, não de forma estática, mas dinamicamente através da sua
reforma deliberada, para serem futuro e, assim, melhor servirem o bem comum.
Com esse entendimento, e com liderante propósito e trabalho se empenhou na fusão
da Universidade de Lisboa e da Universidade Técnica de Lisboa, na génese da
nova, grande ousada e ambiciosa Universidade de Lisboa. E, depois, concluída
essa importante função, a liderança do governo da nova Universidade deixou, por
razões de racionalidade, ao seu colega, que fora reitor da Universidade
Técnica.
Apoio,
ainda, Sampaio da Nóvoa porque sei que sente e sabe que “os regimes políticos e
até os sociais passam”, como passam as ideologias que inspiraram e, mesmo,
alimentaram.
Enfim,
porque sabe Sampaio da Nóvoa que ficam, e ficam sempre, a “língua e a
civilização”, o patriotismo, o DEVER e a Honra que geram e alimentam.
António
Ramalho Eanes 24 de Maio de 2015