quarta-feira, 17 de junho de 2015

O PRESIDENTE E A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA


Francisco Faria Paulino


Sabemos que o futuro é difícil e incerto, que perigosos desequilíbrios ambientais, demográficos, religiosos e económicos se transformaram em ameaças planetárias, que a Europa perdeu a memória dos conflitos que a destruíram por duas vezes, que a guerra espreita sobre as nossas cabeças e que, tristemente, no nosso país, a imaginação, a coragem e a força de lutar por todos nós, novos e velhos, ricos e pobres, faltaram nas horas decisivas.

Precisamos, com urgência, de saber ouvir a voz da inteligência, recuperar a força da justiça, sentir o abraço da solidariedade, viver a diversidade criativa da cultura e lutar pela utilidade da riqueza.

Em suma, precisamos de viver uma democracia mais rica e forte, em que as diferenças de ideias sejam expressas com argumentos e dignidade,  que os processos e as instituições políticas sejam meios agregadores de vontades diferentes na construção de projectos comuns e não, apenas, correias de transmissão de interesses sectoriais ou agentes e exercícios de tácticas eleiçoeiras.


São necessários os que sem ilusões, nem ofuscados por interesses ou justas expectativas,  saibam que temos de combater com a verdade, mesmo que adversa, com a realidade, mesmo que decepcionante e com a imaginação, mesmo que desmedida, contra a falsa inevitabilidade do fracasso que nos destinaram e em que nos deixámos adormecer.
  
Temos de ser capazes de ganhar um futuro diferente em que possamos, apesar de tudo, com mais saber, mais risco e, principalmente, com mais sentido de justiça e de partilha, construir um Portugal onde, como determina a Constituição, possamos novamente estar empenhados na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Precisamos de um Presidente  que nos oiça, e que junto dos outros órgãos de poder interprete o seu, com conhecimento de causa, rigor de análise, compromisso institucional com os executantes das políticas e sábia compreensão e genuína afectividade para com os destinatários delas.

Para o cumprimento desse objectivo a Constituição é clara.

O Presidente representa a República e a república são os cidadãos. Somos todos nós e não apenas alguns, pois a soberania é una e indivisível e reside no povo. (artº 3º)

O Presidente garante a independência nacional e a independência nacional assenta na nossa cultura, nos laços de solidariedade que nos unem, nas lições da história que nos define e é baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária. (artº 1ª)

O Presidente garante a unidade do Estado, um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.  (artº 2º) . Para esse efeito, o Presidente é garante dos deveres e dos direitos fundamentais (artº 12º a 23ª), dos direitos, liberdades e garantias (artºs 24º a 62ª), dos direitos e deveres sociais (artºs 63 a 72ª), dos direitos e deveres culturais (73º a 79ª), bem como acautela a organização económica do Estado (artº 80º a 107º).

O Presidente garante o regular funcionamento das instituições democráticas e, como tal, deve acautelar que o poder político pertence ao povo e é exercido nos termos da Constituição (artº 108º), na separação e interdependência de poderes com os restantes órgãos de soberania, (artº2ª) e como está determinado. (artºs 109ª a 295º).

O Presidente da República é, por inerência, o Comandante Supremo das Forças Armadas e desempenhar este cargo significa que sendo o responsável pela defesa militar da República, (artº 275º) é o primeiro a decidir sobre a mais difícil missão que se pode pedir a um português. Que, em última instância, morra em defesa da sua pátria.

Se isto são pequenas responsabilidades, o que são as grandes ?

Para servir Portugal com tamanhas obrigações  e deveres precisamos de um homem excepcional para as cumprir.

Esse homem é, neste tempo, António Sampaio da Nóvoa.

Contamos consigo para o levar à Presidência.

Junte-se a nós.

Precisamos da sua energia, da sua capacidade e do seu compromisso.

Esta é uma bela batalha pelo futuro,  que travaremos juntos, com elevação, saber, imaginação e alegria.

Com Madeira e o Porto Santo, Sampaio da Nóvoa a Presidente.