sábado, 20 de junho de 2015

PORQUE APOIO SAMPAIO DA NÓVOA

Francisco Faria Paulino  


Eleitos apenas um ano depois da revolução de 1974, os constitucionalistas portugueses, redigiram a Constituição, com um equilíbrio inteligente e corajoso, souberam resolver as sérias e contraditórias tensões existentes na sociedade de então, estabeleceram os nossos direitos, deveres e garantias, marcaram um rumo ao País e definiram os órgãos de poder que o cumpririam.
Foi e é uma Constituição sábia porque, nestes quarenta anos que justamente se devem celebrar, permitiu a sua adaptação tranquila aos tempos e às circunstâncias, e permitirá sempre, através da vontade maioritária dos seus representantes livremente eleitos, todas as alterações e complementos se, e quando, o Povo o decidir.
O Presidente da República, no edifício constitucional português, é obrigado a uma missão especialmente complexa, mas irrevogável, pois lhe é expressamente exigido garantir, em última instância, que todos os outros órgãos de soberania possam cumprir a sua.
Os importantíssimos poderes presidenciais têm de ser desempenhados por quem seja dotado de inteligência, conhecimento do mundo e da vida, respeitada experiência profissional, qualidades de carácter exemplares, coragem para enfrentar desafios e serena capacidade para os resolver.
Tem de possuir uma cultura sólida e cosmopolita para garantir a defesa dos interesses estratégicos do nosso país  nos meandros das relações internacionais e, nos balanços obrigatórios da economia,  entender os seus  processos e finalidades.
Tem de ser um homem sensível e duro, tenaz e resistente, que ame sem desfalecimento Portugal e apaixonadamente a nossa cultura e a nossa língua e que, ao expressar-se com rigor, elegância e correcção, respeite os portugueses, compreenda e defenda as suas diferenças, condoa-se com injustas desigualdades, reforce a coesão social no exercício da solidariedade e seja o fiel da balança onde se pesa o poder.  
António Sampaio da Nóvoa possui estas e outras mais qualidades e tem, do serviço público e da função presidencial, a compreensão certa que manifesta na sua Carta de Princípios.
Entre muitas, estas são as principais razões porque confio em Sampaio da Nóvoa e o apoio com orgulho, porque acredito ser,  nestes tempos conturbados que se avizinham,  o melhor de nós para garantir o leal cumprimento da Constituição Portuguesa, que a todos nos obriga e defende.

Funchal, 18 de Junho de 2015