Francisco Faria Paulino
Eleitos
apenas um ano depois da revolução de 1974, os constitucionalistas portugueses, redigiram
a Constituição, com um equilíbrio inteligente e corajoso, souberam resolver as
sérias e contraditórias tensões existentes na sociedade de então, estabeleceram
os nossos direitos, deveres e garantias, marcaram um rumo ao País e definiram
os órgãos de poder que o cumpririam.
Foi
e é uma Constituição sábia porque, nestes quarenta anos que justamente se devem
celebrar, permitiu a sua adaptação tranquila aos tempos e às circunstâncias, e
permitirá sempre, através da vontade maioritária dos seus representantes
livremente eleitos, todas as alterações e complementos se, e quando, o Povo o
decidir.
O
Presidente da República, no edifício constitucional português, é obrigado a uma
missão especialmente complexa, mas irrevogável, pois lhe é expressamente exigido
garantir, em última instância, que todos os outros órgãos de soberania possam
cumprir a sua.
Os
importantíssimos poderes presidenciais têm de ser desempenhados por quem seja
dotado de inteligência, conhecimento do mundo e da vida, respeitada experiência
profissional, qualidades de carácter exemplares, coragem para enfrentar
desafios e serena capacidade para os resolver.
Tem
de possuir uma cultura sólida e cosmopolita para garantir a defesa dos
interesses estratégicos do nosso país
nos meandros das relações internacionais e, nos balanços obrigatórios da
economia, entender os seus processos e finalidades.
Tem
de ser um homem sensível e duro, tenaz e resistente, que ame sem desfalecimento
Portugal e apaixonadamente a nossa cultura e a nossa língua e que, ao
expressar-se com rigor, elegância e correcção, respeite os portugueses,
compreenda e defenda as suas diferenças, condoa-se com injustas desigualdades,
reforce a coesão social no exercício da solidariedade e seja o fiel da balança
onde se pesa o poder.
António
Sampaio da Nóvoa possui estas e outras mais qualidades e tem, do serviço
público e da função presidencial, a compreensão certa que manifesta na sua
Carta de Princípios.
Entre
muitas, estas são as principais razões porque confio em Sampaio da Nóvoa e o
apoio com orgulho, porque acredito ser,
nestes tempos conturbados que se avizinham, o melhor de nós para garantir o leal
cumprimento da Constituição Portuguesa, que a todos nos obriga e defende.
Funchal,
18 de Junho de 2015