Como já devem ter reparado, a nova linha da campanha já se
encontra nas ruas do país. Em Abril, quando apresentei esta candidatura, fui
bastante claro nas críticas ao famoso “arco da governação”, dizendo que era um
conceito que excluiu 20% dos portugueses. Independentemente das opiniões sobre
as políticas seguidas pelo Governo, o reforço de uma política de compromissos e
entendimentos, alargando o leque do apoio da governação de três para seis partidos, é um sinal de vitalidade e maturidade da democracia
portuguesa.
É este novo tempo,
como tenho referido, que tornou mais claro do que nunca a urgência desta
candidatura. Faz falta um Presidente da República que seja capaz de representar
todos os portugueses e de construir compromissos históricos num tempo tão exigente
da nossa vida colectiva. Um Presidente que não exclua ninguém. Um Presidente
que não esteja refém de interesses particulares ou de lógicas partidárias. Um
Presidente capaz de acolher e de apoiar as alianças necessárias à estabilidade
governativa. Um Presidente sem preconceitos e sem tabus.
“Novo tempo, novo
Presidente”. Porque já tivemos um Presidente da República militar, já tivemos
três Presidentes que foram líderes máximos dos seus partidos, o Dr. Soares, o
Dr. Sampaio e o Dr. Cavaco Silva, e agora estamos na fase de termos um
Presidente da República que não tenha essa vida partidária e que analise com um
novo olhar esta nova realidade.
António Sampaio da Nóvoa